O que é urticária e como ela se manifesta?
Definição e sintomas comuns
Urticária é uma condição da pele que se manifesta como manchas vermelhas, inchaços ou coceira intensa. Essas lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo e, em alguns casos, podem até causar ardência ou queimação. Ela surge devido à liberação de histamina no organismo, o que provoca uma reação inflamatória na pele.
Os sintomas mais comuns incluem:
- Placas avermelhadas e elevadas (vergões)
- Coceira que pode variar de leve a intensa
- Sensação de queimação ou ardência
- Inchaço localizado
É importante lembrar que a urticária pode ser aguda (curta duração) ou crônica (persistente por semanas ou meses). A forma crônica, em especial, pode estar ligada a fatores emocionais, como o estresse e a ansiedade.
Relação entre estresse e manifestações físicas
A ansiedade e o estresse têm um impacto direto no nosso corpo. Quando estamos em constante estado de alerta, nosso sistema nervoso libera hormônios como o cortisol, que podem desencadear ou agravar condições como a urticária. É como se o corpo estivesse “gritando” que algo não está bem.
Não é incomum que pessoas que lidam com pressão emocional percebam o aparecimento de sintomas físicos, como a urticária. Isso acontece porque o estresse pode:
- Alterar o funcionamento do sistema imunológico
- Aumentar a sensibilidade da pele
- Intensificar reações inflamatórias
Essa conexão entre mente e corpo é um lembrete poderoso de que cuidar da nossa saúde emocional é tão importante quanto cuidar da física. Afinal, nosso bem-estar é integral, e não podemos separar um aspecto do outro.
A conexão entre ansiedade e urticária
Como o estresse impacta o corpo
Quando falamos de ansiedade, é comum pensar nos sintomas emocionais, como medo, preocupação ou sensação de descontrole. Mas o que muita gente não sabe é que o corpo também reage de forma intensa aos momentos de estresse. A ansiedade ativa o sistema nervoso simpático, que é responsável pela famosa resposta de “lutar ou fugir”. Isso faz com que hormônios como a adrenalina e o cortisol sejam liberados no organismo, preparando-nos para enfrentar uma ameaça — mesmo que, na maioria das vezes, essa ameaça não seja física.
Esse processo pode causar uma série de reações físicas, como:
- Aceleração do coração
- Respiração ofegante
- Suor excessivo
- E, em alguns casos, até manifestações na pele, como a urticária.
Por que a ansiedade pode desencadear urticária
A pele é um dos órgãos que mais reflete nosso estado emocional. Não é à toa que, em momentos de muita tensão, algumas pessoas desenvolvem coceiras, vermelhidão ou até mesmo lesões cutâneas. A urticária é uma dessas manifestações. Ela surge quando o corpo libera histamina, uma substância que causa inflamação e coceira, como resposta a um “alergeno”. Mas, no caso da ansiedade, o gatilho não é algo externo, como um alimento ou um produto químico — é o próprio estresse emocional.
Quando estamos ansiosos, nosso sistema imunológico pode ficar mais sensível, reagindo de forma exagerada a estímulos que normalmente não causariam problemas. Isso pode levar ao aparecimento de vermes ou placas avermelhadas na pele, que costumam ser acompanhadas de coceira intensa. E, embora isso possa parecer assustador, é importante lembrar que a urticária causada pela ansiedade é uma resposta temporária do corpo. Ela tende a melhorar conforme o estado emocional se equilibra.
Além disso, o ciclo pode se retroalimentar: a própria urticária pode aumentar a ansiedade, já que a coceira e o desconforto geram mais estresse. Por isso, é fundamental cuidar tanto do aspecto emocional quanto dos sintomas físicos, buscando apoio e estratégias para aliviar ambos.
Sintomas que merecem atenção
Como identificar se a urticária está ligada à ansiedade
Às vezes, nosso corpo fala o que a mente não consegue expressar. Se você nota lesões vermelhas, inchaços ou coceira intensa que aparecem do nada — especialmente em momentos de estresse — pode ser um sinal de que sua ansiedade está se manifestando na pele. A urticária emocional, como é conhecida, geralmente vem acompanhada de:
- Sensação de calor ou queimação na pele
- Coceira que piora à noite ou em situações de tensão
- Manchas que desaparecem e reaparecem em outras áreas
Não se culpe. Isso não é “frescura” — é um alerta do seu corpo pedindo cuidado. Se esses sintomas surgirem após episódios de preocupação excessiva, palpitações ou ataques de pânico, pode ser um indício dessa conexão entre mente e pele.
Quando buscar ajuda médica
A urticária por ansiedade costuma ser inofensiva, mas existem situações em que procurar um profissional é essencial:
- Se os sintomas duram mais de 6 semanas (urticária crônica)
- Caso haja inchaço nos lábios, língua ou garganta
- Se surgirem tonturas, falta de ar ou pressão no peito
“A pele é o espelho da alma — mas também é um órgão que precisa de atenção. Não ignore sinais persistentes.”
Se a coceira ou as lesões estão atrapalhando seu sono, trabalho ou autoestima, não hesite em marcar uma consulta. Dermatologistas e psicólogos podem trabalhar juntos para te ajudar a encontrar alívio, tanto físico quanto emocional.
Dicas práticas para aliviar os sintomas
Técnicas de relaxamento para reduzir a ansiedade
Quando a ansiedade bate, muitas vezes sentimos que o mundo está desmoronando ao nosso redor. Mas, calma, respire. Respirar fundo pode parecer clichê, mas é uma das técnicas mais poderosas para acalmar a mente e o corpo. Experimente o seguinte:
- Respiração diafragmática: Coloque uma mão no peito e outra na barriga. Inspire lentamente pelo nariz, sentindo a barriga se expandir. Segure por alguns segundos e solte o ar pela boca. Repita por 5 minutos.
- Meditação guiada: Use aplicativos ou vídeos que te guiem em meditações focadas na tranquilidade. São ótimos para quem acha difícil parar e se conectar.
- Musculação relaxante: Tensionar e relaxar cada grupo muscular, começando pelos pés e subindo até a cabeça, ajuda a aliviar a tensão física causada pela ansiedade.
Lembre-se: essas técnicas não são mágicas, mas com prática constante, podem se tornar aliadas poderosas no seu dia a dia.
Mudanças no estilo de vida que podem ajudar
Além das técnicas de relaxamento, pequenas mudanças no estilo de vida podem fazer uma grande diferença no controle da ansiedade:
- Estabeleça uma rotina: Ter horários para acordar, comer, trabalhar e dormir ajuda a criar uma sensação de segurança e previsibilidade.
- Cuide da alimentação: Alimentos ricos em magnésio, como castanhas e vegetais verde-escuros, e evitar excesso de café ou açúcar, pode ajudar a equilibrar o humor.
- Exercite-se regularmente: Atividades físicas, mesmo que leves, como caminhadas ou yoga, liberam endorfinas que reduzem o estresse e aumentam o bem-estar.
- Conecte-se com pessoas queridas: Isolar-se pode piorar a ansiedade. Compartilhar seus sentimentos com alguém de confiança pode trazer alívio e perspectiva.
Não se cobre para fazer tudo de uma vez. Comece pequeno, com o que parece mais acessível para você hoje. Pequenos passos ainda são progresso, e cada mudança conta.
Como cuidar de si mesmo em momentos de crise
Estratégias emocionais para lidar com a sobrecarga
Em momentos de crise, a sobrecarga emocional pode parecer uma montanha impossível de escalar. A primeira coisa a lembrar é que você não precisa conquistar tudo de uma vez. Respire. Sim, literalmente. Pausar por alguns momentos para respirar fundo pode trazer um pouco de clareza e acalmar a mente. Outra estratégia é identificar o que está dentro do seu controle. Focar no que você realmente pode mudar, por menor que seja, ajuda a reduzir a sensação de impotência.
Além disso, é essencial se permitir sentir. Muitas vezes, tentamos reprimir emoções como raiva, medo ou tristeza, mas essas sensações são válidas e precisam ser reconhecidas. Anotar o que está sentindo ou falar em voz alta pode ajudar a organizar os pensamentos. E, claro, não se cobre tanto. Lembre-se: você está fazendo o seu melhor.
Buscando apoio e não enfrentando tudo sozinho
Um dos maiores erros que podemos cometer em momentos de crise é achar que precisamos enfrentar tudo sozinhos. A verdade é que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem. Compartilhar seus sentimentos com alguém de confiança — seja um amigo, familiar ou terapeuta — pode trazer um alívio imenso. Às vezes, só o fato de saber que não estamos sozinhos já faz toda a diferença.
Se você não se sente confortável em falar sobre o que está passando, considere buscar grupos de apoio ou comunidades online. Muitas pessoas estão passando por situações parecidas, e trocar experiências pode ser reconfortante. E, se necessário, não hesite em procurar um profissional. Terapia não é só para “casos graves”; é um espaço de acolhimento e cuidado para qualquer momento da vida.
Por fim, lembre-se de que cuidar de si mesmo também é um ato de amor. Priorize atividades que tragam conforto, como ouvir música, meditar, ou simplesmente descansar. Você não precisa resolver tudo de uma vez. Pequenos passos já são um grande avanço.
Quando procurar ajuda profissional
Saber quando é a hora de buscar ajuda profissional pode ser um passo transformador no processo de lidar com a ansiedade. Muitas vezes, tentamos enfrentar tudo sozinhos, mas reconhecer que precisamos de suporte é um ato de autocuidado, e não de fraqueza. Se você está se perguntando se já é o momento de procurar ajuda, aqui estão alguns sinais que podem te guiar:
Sinais de que é hora de buscar terapia ou tratamento médico
- Os sintomas estão afetando sua rotina: Quando a ansiedade começa a interferir no seu trabalho, estudos, relacionamentos ou até mesmo em tarefas simples do dia a dia, é um sinal de que você pode precisar de apoio profissional.
- Você se sente sobrecarregado(a) constantemente: Se a sensação de desespero, medo ou angústia parece não ter fim, e você se sente “preso(a)” nessas emoções, um terapeuta pode te ajudar a encontrar caminhos para alívio.
- Físico e emocional em desequilíbrio: A ansiedade pode se manifestar fisicamente, com sintomas como insônia, dores no corpo, taquicardia ou até mesmo urticária. Se seu corpo está enviando sinais de que algo não está bem, é importante escutá-lo.
- Você se isolou: Se você está evitando situações sociais, pessoas que ama ou atividades que antes traziam prazer, pode ser um indicativo de que a ansiedade está tomando mais espaço do que deveria.
Como profissionais podem ajudar a equilibrar saúde mental e física
Um terapeuta ou médico não está lá para “consertar” você, mas para oferecer ferramentas e apoio que ajudem a encontrar um equilíbrio entre mente e corpo. Eles podem te ajudar a:
- Entender o que você está sentindo: Muitas vezes, apenas compreender as raízes da ansiedade já traz um grande alívio. Um profissional pode te ajudar a identificar gatilhos e padrões de comportamento.
- Criar estratégias práticas: Desde técnicas de respiração até mudanças na rotina, um profissional pode te guiar com dicas que são adaptadas ao seu dia a dia.
- Tratar sintomas físicos: Em casos onde a ansiedade se manifesta no corpo, como a urticária, um médico pode indicar tratamentos específicos para aliviar esses efeitos.
- Oferecer um espaço seguro: Às vezes, tudo o que precisamos é de um lugar para desabafar sem julgamentos. A terapia pode ser esse porto seguro.
Lembre-se: buscar ajuda não é um sinal de que você está “fracassando” ou “fraco”. Pelo contrário, é um ato de coragem e amor por si mesmo(a). Você não está sozinho(a) nessa jornada, e existem pessoas e recursos prontos para te ajudar a encontrar mais leveza e equilíbrio.

Maria Lara é apaixonada por autoconhecimento e saúde mental. Após anos lidando com a ansiedade, criou este espaço para compartilhar aprendizados, experiências e caminhos que realmente funcionaram em sua jornada de superação.